Conjuração mineira – 3ª Parte (Episódio 6)

Foto: Tiradentes (fonte: diegobayer.jusbrasil.com.br/)

Diferente do que ocorrera na Índia, no Brasil o movimento teria maiores ambições. Minas contava com 80 mil habitantes dos quais 8% eram brancos e a maioria era de negros livres ou escravos. O movimento mineiro tinha como líderes Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes), alferes, minerador e tropeiro; Cláudio Manuel da Costa, advogado, minerador e poeta; Inácio José de Alvarenga Peixoto, advogado; Tomás Antônio Gonzaga, advogado e poeta; Oliveira Rolim, padre e outros. Tiradentes conseguiu a adesão de Alvares Maciel devido o contato a facilidade que este tinha em traduzir a leitura de livros em inglês ou francês, leitura predileta doa alferes. Foi assim que o líder da inconfidência tomou conhecimento da constituição dos Estados Unidos e sonhou com a independência mineira.
Filho de um pequeno fazendeiro, Tiradentes era, talvez, o que tinha menores condições financeiras entre os inconfidentes. Já passava dos 40 anos e não fora promovido de cargo dentro da 6ª Companhia do Regimento Regular de Cavalaria. Jamais teve barba nem cabelos grandes, como a historiografia fez crer. Usava apenas um bigode discreto. Possuía uma pequena fazenda, cinco escravos, uma casa e era farmacêutico, notável conhecedor da função das plantas medicinais, além de tirar e implantar dentes.
O mais rico, e muito interessado em livrar-se dos tributos era o Padre Rolim que ingressou na carreira eclesiástica para se livrar de um processo criminal, conforme testemunhou Joaquim Silvério dos Reis mais tarde. Rolim era envolvido em negócios ilegais, conhecido por ser “inescrupuloso e corrupto”. Aderiu ao movimento da inconfidência apenas porque o Visconde de Barbacena se negou a revogar uma ordem de banimento contra ele. O grupo queria proclamar a independência na região de Minas e o padre prometeu arranjar 200 cavaleiros armados para a revolução.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *