
Os pedreiros livres de Pernambuco se colocavam abertamente contra o colonialismo. A ideia de implantar uma república avançava teoricamente, mas ainda permanecia no discurso.
Enquanto isso, na Europa, Londres se transformava em ponto de encontro de revolucionários latino-americanos e ibéricos. Também a industrialização atraía um crescente número de pessoas em busca de novas oportunidades. O brasileiro Domingos José Martins, natural do Espírito Santo, acabava de completar sua formação em Portugal. Seguiu para Londres, onde se empregou na firma portuguesa Dourado Dias & Carvalho, na qual chegou à condição de sócio. Fazia parte da maçonaria inglesa e, em Londres, construiu amizades nos ambientes das sociedades secretas.
Domingos Martins alimentava ideias de libertar o povo brasileiro. Desfez a sociedade com a empresa na Inglaterra e voltou ao Brasil em 1814, firmando-se como comerciante no Recife. Desde o ano anterior, as lojas maçônicas pernambucanas haviam passado por uma reformulação. D. João encontrara nelas o caminho para fingir obediência às regras acordadas com os ingleses. E assim tentava minar os privilégios de comercialização dos produtos vindos da Inglaterra enquanto incentivava a compra das importações portuguesas.
A província, à época governada por Caetano Pinto, vivia a experiência de um governo frágil politicamente, o que abriu espaço para a articulação política. Martins trazia o idealismo, a vontade de conquistar a independência. Fez amizades com clérigos, militares e outros comerciantes. Estendeu seus negócios ao Ceará, à Bahia e ao Maranhão, mas sabia que o clima propício à revolta estava em Pernambuco.
Muito bom. Conheci um pouco dessa história através de um romance a Noiva da Revolução. Onde o casamento de Domingos e o envolvimento com a revolução nos faz compreender um pouco do que foi Revolução de 1817. A importância da maçonaria, o Seminário de Olinda e o Espírito revolucionário do Povo pernambucano.
MUITO OBRIGADO PELO SEU COMENTÁRIO.
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