Projetos de independência – 3ª parte (Episódio 13)

Fonte: Google

Caetano Pinto foi procurado pelo Desembargador José da Cruz Ferreira, Ouvidor da comarca do Sertão, no dia 1 de março de 1817. Ferreira fora informado pelo negociante português Manuel Carvalho de Medeiros de que o “partido dos brasileiros” planejava a morte dos portugueses da província. No dia seguinte, Manuel esteve com o governador para dar maiores explicações do motim. Ele revelou que o professor de geometria José Maria de Vasconcelos Bourbon, português nascido no Recife, após curta viagem à Europa, voltou com “novas ideias”. Segundo Manuel, o professor havia adquirido armas e teria procurado o negociante Elias Botelho Cintra, ligado a Domingos Martins e participante das reuniões secretas na casa deste, para oferecer reforço ao plano revolucionário.


Além de Domingos e José Maria, foram denunciados o padre João Ribeiro, Cruz Cabugá, Vicente Ribeiro dos Guimarães Peixoto, Domingos Teotônio Jorge, José de Barros Lima, Pedro da Silva Pedroso, Antônio Henriques Rabelo (segundo tenente), José Mariano de Albuquerque (secretário do regimento de Artilharia) e Manuel de Souza Teixeira (ajudante).


Em outra ocasião, o governador havia recebido denúncias de que uma conspiração estava em andamento. Logo após a festa da Estância, foi informado do espancamento de um oficial português por um miliciano preto do regimento dos Henriques. (8) Os boatos e as denúncias se alastravam.


Foi então que, certo da revolta, o governador expediu aos regimentos, no dia 4 de março, uma “ordem do dia” e uma proclamação à população no dia 5, além de convocar para o dia 6 um Conselho de Guerra. Do Conselho participaram, o próprio Caetano, o marechal José Roberto Pereira da Silva, os brigadeiros Gonçalo Marinho de Castro, Antônio Salazar Moscoso e José Peres Campello, e o tenente-coronel Alexandre Tomás de Aquino Siqueira. Eles decidiram prender todos os denunciados no mesmo dia. José Roberto Pereira encarregou-se da prisão dos civis. Os militares seriam detidos por Moscoso em Olinda e por Barbosa no Recife, comandantes dos respectivos corpos.

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